terça-feira, 9 de outubro de 2012

Como proceder com alunos desmotivados

O desinteresse dos alunos na sala de aula.
Existem certos problemas no ambiente escolar que são praticamente impossíveis de não ocorrer, sen-do a desmotivação do aluno um dos mais preocupantes, fato rotineiro que ocorre com profissionais de todas as áreas da educação e em diferentes níveis de ensino.
Considerado como um problema de difícil resolução é fundamental que o professor compreenda o que vem a ser a motivação e como ela se constrói.
Geralmente a falta de motivação é originada das características próprias do aluno e do ambiente esco-lar como um todo, fazendo com que o aluno passe a ter medo do próprio fracasso escolar e de como lidar com ele.
Ressalta-se que os pais, os colegas e o grupo social no qual este jovem se relaciona, também contri-buem para a sua desmotivação.
Determinados alunos apresentam grande dificuldade em interagir com certas atividades, outros apre-sentam resistência total no sentido de adquirir conhecimentos, se isolando dos demais colegas, ne-gando a participar das atividades propostas, bem como não apresentando interesse qualquer em reali-zar algo que se refere à aprendizagem.
O professor deve ficar atento ao comportamento de seus alunos, visto que podem partir desde aqueles jovens mais agitados, tanto aos jovens desligados e inquietos.
No sentido de ajudar o aluno desmotivado, o professor deve se preocupar com o ambiente escolar, em especial a sala de aula, o desenvolvimento das atividades, a organização e principalmente a relação professor/aluno e o processo avaliativo.
Com o objetivo de contribuir com os professores que muitas vezes no exercício da profissão apresen-tam o verdadeiro interesse em ajudar o aluno desmotivado, segue abaixo algumas sugestões basea-das em estudiosos da área com o objetivo de auxiliar o educador na prática, motivando seu aluno, in-dependente da disciplina ou série em que se encontra:
• Aplique o conteúdo com entusiasmo, evitando aulas “mecânicas”;
• Faça com que o aluno compreenda o que está sendo ensinado, ao invés de apenas memorizar;
• Busque sempre relacionar os conteúdos com fatos da atualidade;
• Elabore atividades que possa detectar a evolução do aluno;
• Estabeleça um ritmo de aula de forma que todos possam acompanhar o raciocínio que exige o con-teúdo;
• Quando o aluno apresentar dificuldades, apresente a ele pistas proporcionando oportunidades para superar as dificuldades, fazendo com que o aluno exerça seu próprio raciocínio;
• Ao iniciar a aula estabeleça metas e objetivos dessa, porém, baseados no ritmo da turma, combinan-do regras para que não seja desviado o objetivo da aula;
• No momento da avaliação, o ideal é que o professor evite comparações, ameaças, ou seja, condutas negativas que possam vir a refletir maleficamente na auto-estima dos alunos.
O professor sendo mediador do conhecimento é responsável por realizar essa função da melhor ma-neira possível, buscando sempre se manter atualizado, podendo formar cidadãos cada vez mais capa-citados.
Por Elen Campos Caiado
Graduada em Fonoaudiologia e Pedagogia
Equipe Brasil Escola
Profa. Dra. Sueli Édi Rufini Guimarães - Universidade Estadual de Londrina
Profa. Dra. Evely Boruchovitch - Faculdade de Educação - UNICAMP
Existe um relativo consenso entre os educadores sobre qual é o principal problema dos alunos na escola: a falta de interesse. Em relação ao ensino fundamental e médio, a dificuldade de envolver os alunos nas atividades de aprendizagem, levá-los a persistir nas tarefas desafiado-ras, em suma, a valorizarem a educação, tem sido relatada em artigos, livros e entrevistas. Parece que, para alguns estudantes, não é claro o porquê de estudar. Desse modo, é alimenta-da uma esperança de que, quando estiverem mais maduros e então puderem optar por uma área do conhecimento de seu interesse, sua motivação em relação a aprendizagem se modifi-que positivamente. Quem sabe, então, no ensino superior possamos encontrar alunos mais envolvidos! Essa expectativa parece não se confirmar. As impressões dos professores acerca do envolvimento dos universitários em muitas disciplinas de seus cursos também indicam desmotivação. Para exemplificar, em nosso cotidiano de trabalho em diversos cursos de licenci-atura encontramos nas salas de aula alunos apáticos, com a atenção aparentemente voltada para aspectos não relacionados com os conteúdos ali abordados, esforçando-se ou compare-cendo o mínimo necessário para garantir sua aprovação na disciplina. Perguntas como: "quan-tas faltas eu tenho?", "posso checar minhas notas nos últimos bimestres?", seguidas por um evidente alívio em pensar que poderão faltar ainda mais ou que não será necessário muito esforço para aprovação, caracterizam esse tipo de envolvimento. Também estão presentes nas classes alunos extremamente preocupados com notas, aprovação ou em serem reconhecidos como capazes pelos professores e colegas. Esforçam-se muito nos dias que antecedem as ava-liações, muitas vezes não confessando o empenho despendido. Consideram um resultado como sendo sucesso somente depois de se certificarem que superaram o desempenho dos colegas. Relutam em assumir atividades que acenem com riscos de fracasso ou que possam denunciar uma possível falta de capacidade. Compartilhando o espaço com os primeiros, temos alunos realmente preocupados em aprender, em aprofundar o nível de conhecimentos e em adquirir novas habilidades. Estes estudantes parecem naturalmente motivados, envolvem-se ativamente nas tarefas propostas, esforçam-se e usam estratégias de aprendizagem adequadas, sem demonstrarem preocupações excessivas com os resultados. Talvez você conheça alguns estu-dantes com essas características e já tenha se questionado sobre o que efetivamente poderia ser feito para que eles desejassem aprender. O tema motivação e aprendizagem tem sido ob-jeto de investigação dos psicólogos educacionais nos últimos anos e o problema da falta de motivação dos estudantes representa um dos maiores desafios à eficácia do ensino. Alguns determinantes da motivação escolar já são conhecidos e podem auxiliar o trabalho do professor que pretenda ver seus alunos genuinamente envolvidos. Nesta área de conhecimentos, a linha de estudos sobre metas de realização compreende a motivação como sendo resultado da fixação de metas, ou seja, cada meta representa um núcleo de pensamento que reúne modos particulares de perceber a situação, processar as informações, podendo explicar os comporta-mentos, a direção e a intensidade do esforço. No ambiente escolar, os estudantes podem bus-car ou adotar uma variedade de metas, algumas compatíveis com a aprendizagem e desempe-nho e outras contrárias. Por exemplo, as metas sociais, fazer amigos, ser bem aceito ou popu-lar; as metas de aprendizagem, obter conhecimentos, buscar níveis mais profundos de apren-dizagem; as metas ego ou de performance, ser reconhecido como o melhor, o mais capaz ou, pelo menos, ocultar uma possível falta de capacidade. Além dessas, fatos distantes da sala de aula podem ser selecionados como meta dos alunos (um grupo musical, um time de futebol, jogos de computadores) e, muitas vezes, temos que competir com elas. Neste último caso, rotulada como meta de alienação acadêmica, o foco de interesse pode estar completamente desvinculado dos assuntos ou atividades planejados pelo professor. Mais importante do que reconhecermos nos nossos alunos tais padrões motivacionais, os estudos sobre as metas po-dem auxiliar na compreensão dos fatores que incentivam a adoção de uma determinada orien-tação. Um importante aspecto a ser considerado relaciona-se com a estrutura de meta ou clima de sala de aula criado, sobretudo, em decorrência das diferentes ações do professor. As estruturas de meta referem-se aos objetivos assinalados e aos padrões comportamentais valo-rizados em sala de aula, transmitidas aos alunos de modo implícito ou explícito por meio das diversas ações do professor como, por exemplo, as características das atividades solicitadas, as formas de avaliação, de reconhecimento dos interesses e necessidades dos estudantes, os critérios para formação de grupos, o uso do tempo e o modo como o professor compartilha a autoridade. Tais estruturas influenciam as metas adotadas pelos alunos em relação à escola, aos trabalhos escolares e, de modo geral, em relação a sua educação. Em extremos opostos, no quadro abaixo são apresentados alguns exemplos de ações que podem promover o prejudi-car a motivação dos estudantes. Promoção Ação Prejuízo Assunto interessante, relevante e desafiador Apresentação de novo conteúdo Faz parte do programa, vai ser avaliado Oportuni-dade para ampliar conhecimentos, é desafiadora, passível de realização com algum esforço Proposta de atividade Vamos ver quem consegue concluí-la, quem se sairá melhor, o tempo é escasso, ela é muito difícil, ou é muito fácil Faz parte do processo de ensino e aprendizagem, possibilita informações sobre o progresso ou dificuldades a serem superadas Expectativas em relação às avaliações É fonte de pressão e de controle Proporcionam informações sobre o pro-gresso individual Os resultados de desempenho: são apresentados como um produto final, favorecendo a comparação entre os alunos São muitos os aspectos abordados pelos estudos sobre a motivação no contexto escolar que podem auxiliar o professor a compreender os pro-blemas e a agir de modo efetivo para superá-los. No entanto, podemos ter como meta para esta reduzida apresentação uma análise sobre o nosso papel na determinação daquelas carac-terísticas dos estudantes, em relação à aprendizagem, que tanto nos incomodam. O envolvi-mento dos estudantes com os conteúdos de nossa disciplinas decorrem, em parte, das nossas ações nesse complexo ambiente em que se configura a sala de aula. Referências bibligráficas Ames, C. (1992). Classroom: Goals, structures, and student motivation. Journal of Educational Psychology, 84(3), 261-271. Bzuneck, J. A. (2001). A motivação do aluno orientado a metas de realização. Em: E. Boruchovith & J. A. Bzuneck (Orgs.), A motivação do aluno: Contribuições da Psicologia contemporânea (pp. 58-77). Petrópolis: Vozes. Csikszentmihalyi, M. (1992). A psicologia da felicidade. São Paulo: Saraiva. Guimarães, S. É. R. (2001). A organização da escola e da sala de aula como determinate da motivação intrínseca e da meta aprender. Em: E. Boruchovith & J. A. Bzuneck (Orgs.), A motivação do aluno: Contribuições da psicologia con-temporânea (pp.78-95). Petrópolis: Vozes. Ryan, R. M. & Stiller, J. (1991). The social contexts of internalization: parent and teacher influences on autonomy, motivation, and learning. Em: C. Ames & R. Ames (Orgs.), Advances in Motivation and Achievement (pp. 115-149). Connecticut: Jai Press Inc. Stipek, D. J. (1998). Motivation to learn: From theory to pratice. Englewood Cliffs: Prentice-Hall

Considerações

De acordo com CAVENAGHI, Ana Raquel Abelha e BZUNECK, José Aloyseo, a
Para Boekaerts (2003), Pajares e Urdan (2003) e Zusho e Pintrich (2001), a adolescência atual difere em muitos aspectos da juventude de um século atrás, pois esta fase da vida tem mudado significativamente ao longo da história e tem sido prolongada pela sociedade moderna. Com essas mudanças surge para o professor o desafio de motivar o
adolescente moderno a se engajar nas atividades escolares. O jovem de hoje parece viver em constante conflito de interesses, seduzido por uma infinidade de atrativos da sociedade moderna e, em suas prioridades, muitas vezes, acabam por prevalecer outros interesses sociais, como o direcionamento de sua atenção aos amigos em que esta relação que há menos orientação e controle dos adultos passa a ter grande importância e intensidade em sua vida, diminuindo o interesse pelas atividades acadêmicas. motivação de adolescentes é uma questão importante para pais, professores e também pesquisadores (por ex., ANDERMAN; MAHER, 1994; KAPLAN; MAHER, 2002; ZUSHO; PINTRICH, 2001). Há um claro declínio na motivação dos alunos quando atingem as séries finais do ensino fundamental e/ou quando chegam ao ensino médio. Os pais e os professores ficam surpresos quando seus filhos e alunos perdem a curiosidade e energia a ponto de se tornarem apáticos e mal-humorados. Todavia, não são todos os estudantes que se encontram sem vontade para o estudo. Há aqueles que se esforçam e se envolvem com as atividades escolares.
A desmotivação ocorre, como  complementa Stipek (1998), porque à medida que o aluno sobe de série seu interesse diminui e ele começa a duvidar de sua real capacidade para aprender determinadas matérias. Na escola fundamental e média, os alunos não têm escolhas em relação aos currículos e como não podem evitar as tarefas, muitas vezes as encaram com baixo esforço, atenção pobre ou desistência. Assim, se um aluno das séries mais avançadas possui uma autoconfiança muito baixa, a consequência é o abandono escolar.
Há um número expressivo de alunos que não consegue ter êxito na escola e existem evidências concretas de que estes sub-rendimentos ou fracassos não são por incapacidade cognitiva, mas podem ser determinados pelos fatores motivacionais.
Stipek (1998) alerta para a dificuldade de se identificar qual aluno sofre de problemas de motivação que podem se manifestar em seus comportamentos reveladores. Certos comportamentos desejáveis em classe e um desempenho escolar satisfatório podem mascarar sérios problemas motivacionais, enquanto que um mau rendimento em classe pode, às vezes, não ser causado simplesmente por desmotivação.
Dessa maneira, a identificação de reais problemas de motivação depende de um conhecimento mais acurado do aluno e, portanto, não é possível diagnosticar comportamentos motivacionais apenas pela observação. E como completa Tollefson (2000), para que ocorra mudança nos comportamentos, muitas vezes, é necessário que o professor mude a sua forma de ensinar, o que pode implicar que a estrutura da escola também seja alterada no sentido de encorajar e facilitar o desenvolvimento profissional dos professores.
 
                    
Afinal...

O que faz com que, nossos alunos sejam desmotivado?
  
      A motivação dos alunos em sala de aula é realmente um assunto preocupante. Segundo declarações de vários professores questionados sobre o assunto. Relatam que a escola esta perdendo espaço para avoaçados brinquedos eletrônicos que acabam encantando interferindo na aprendizagem.
      Por sua vez as famílias saem para trabalhar e seus filhos ficam com pessoas que não cobram a execução de suas tarefas escolares.
      A falta de motivação também esta relacionada com o numero de alunos em sala de aula. Turmas mito grandes dificulta a relação entre colegas e professores. Gera certos empecilhos para sanar suas duvidas e as professoras reclamam das conversas paralelas.
        A desmotivação esta gerando graves consequência, como repetência e evasão escolar. Na verdade, não é que estejam desmotivados, mas os seus foco de interesses é diferente do que pretende seus professores.
        A motivação não é problema só dos alunos, mas dos professores também, que as vezes trabalham cansados. De alguma forma os alunos percebem e se comportam desmotivado também. O que mais frusta o professor é expectativa em torno da sua aula  e o retorno que os alunos dão, que  não estava de acordo com o que se imagina, causando desmotivação para o professor.
        Preocupa-se em realizar aulas diferentes, mas  nem sempre o que deseja o professor é o desejo do aluno.
        Segundo alguns autores é importante que as crianças aprendam coisas que faça sentido, encontrar explicações para os problemas relativo a um tema que se deseja compreender. Para haver aprendizagem é necessário ter motivação. Para que o aluno se envolva nos estudos é necessário que o assunto faça parte de suas metas. Da mesma forma os professores devem estar motivados com aprofissão para cunprirem com exito seus objetivos.
Fonte: Educar em revista
Print version  ISSN 0104-4060
http://dx.doi.org/10.1590/s0104-40602006000100017

             Artigo de demanda continua
Motivação e desmotivação: desafio para professores do Ensino Fundamental
 
 
 

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

MAPA CONCEITUAL DA DESMOTIVAÇÃO



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O mapa conceitual abaixo representa as suposições acerca do processo de aprendizagem de nosso alunos adolescentes. A desmotivação seria gerada pela falta de interesse pelos estudos, pela falta de incentivo da família, por não haver uma valorização do conhecimento pela sociedade em geral, e por estarem em uma fase em que há outros interesses e desejos.




terça-feira, 11 de setembro de 2012

Por que alguns alunos são tão desmotivados?

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O QUE FAZ ALGUNS DE NOSSOS ALUNOS SEREM DESMOTIVADOS?
Certezas provisórias
Dúvidas temporárias
Não estão interessados nos assuntos desenvolvidos em aula;
A desmotivação é natural em todos os adolescentes?
A família não incentiva os estudos;
Até que ponto a turma interfere na motivação pessoal?
Valorização do estudo está “em baixa” pela sociedade em geral;
A escola está desatualizada e não consegue mais “cativar” seus alunos?
Os alunos possuem problemas de relacionamento interpessoal, extraescolares como baixa autoestima, familiares, de saúde...
O lap top e outras ferramentas tecnológicas podem efetivamente motivar nossos alunos à aprendizagem?


Dificuldades de aprendizagem;